
A recuperação judicial da Azul nos Estados Unidos, sob o Chapter 11, foi oficialmente anunciada no dia 28 de maio de 2025. A medida busca reestruturar as dívidas da companhia aérea em meio a desafios financeiros intensificados por fatores externos e operacionais. O processo já inclui um compromisso de financiamento de US$ 1,6 bilhão durante o trâmite e a eliminação de US$ 2 bilhões em dívidas, além da possibilidade de mais US$ 950 milhões adicionais ao final do processo.
Segundo a empresa, a operação da Azul no Brasil não será afetada e os voos continuam normalmente. A companhia reafirmou que manterá o atendimento aos clientes, incluindo passagens futuras e benefícios do programa Azul Fidelidade.
Entre os principais motivos que levaram ao pedido de recuperação judicial estão a alta do dólar, preços elevados do querosene de aviação, judicialização excessiva no setor aéreo e eventos climáticos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul, que impactaram diretamente o funcionamento do aeroporto de Porto Alegre.
Apesar do processo, a Azul não está falindo. O objetivo do Chapter 11 é justamente evitar a falência, renegociando dívidas com credores, como a AerCap, United Airlines e American Airlines, que agora têm participação acionária na reestruturação.
Na B3, a Azul foi retirada de todos os índices acionários, incluindo o Ibovespa, o que é uma prática comum nesses casos. Suas ações continuam sendo negociadas, mas em uma categoria especial de “outras condições”.
Para investidores, o momento é de atenção. Segundo Andressa Kassardjian Codjaian, advogada do PGLaw, “enquanto a empresa estiver em recuperação judicial, o valor da ação pode oscilar e o cenário é de maior instabilidade”.
📖 Leia a matéria completa: