
Os investimentos acima do CDI estão se tornando cada vez mais populares entre brasileiros que buscam retornos elevados por meio de fintechs e bancos digitais. Mas será que esses produtos são tão seguros quanto parecem?
Em entrevista ao jornal O Tempo, o advogado e especialista em direito bancário João Paulo Braune Guerra, do PG Law, comenta os riscos que envolvem aplicações como os CDBs que oferecem até 170% do CDI, como os disponibilizados por instituições como Nubank, 99 Pay e PagBank.
Segundo João Paulo, o fato de esses produtos estarem cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) não elimina o risco. “A própria existência do FGC demonstra que o risco de crédito existe — ou seja, o risco de a instituição financeira não conseguir pagar o rendimento prometido”, alerta.
Ainda que investimentos acima do CDI não sejam ilegais ou automaticamente inseguros, eles exigem atenção redobrada. O advogado ressalta que é necessário analisar a natureza jurídica da aplicação, o enquadramento regulatório da instituição e as garantias oferecidas.
“Rentabilidade alta nunca vem desacompanhada de riscos. O investidor precisa entender o que está em jogo e avaliar se o retorno compensa a exposição”, completa João Paulo.
Com o avanço das fintechs e a facilidade de investir via apps, torna-se cada vez mais essencial compreender os mecanismos por trás dessas promessas de ganhos expressivos. Saber identificar os riscos nos investimentos acima do CDI é fundamental para quem quer investir com segurança e inteligência.
Leia a matéria completa em: O Tempo – Investimentos e riscos em fintechs