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Carlos Portugal Gouvêa comenta bloqueio financeiro a operações com empresa de cloreto de potássio de Belarus

 

Carlos Portugal Gouvêa, sócio do PGLaw, conversou com o jornal Valor Econômico e comentou o atual bloqueio imposto por instituições financeiras internacionais à transações comerciais da Belarusian Potash Company (BPC), frente comercial da Belaruskali, produtora belarussa de cloreto de potássio.

O travamento das operações é resultado de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia à Belarus, que vêm sendo aplicadas desde o final de 2021 e a situação impacta empresas brasileiras que importam o cloreto de potássio. Isso porque grande parte dos bancos e instituições financeiras do Brasil, dos quais as importadoras nacionais são clientes, integram a Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (Swift), rede interbancária internacional. “É um grande sistema internacional de pagamentos”, explicou Carlos.

A Swift possui bancos intermediários europeus e americanos e, as medidas de embargo à Belarus adotadas pelos governos dos Estados Unidos e países da Europa, envolvem a possibilidade de bloquear os pagamentos do cloreto de potássio belarusso. Tal risco levou bancos integrantes da Swif a travar as transações comerciais com a BPC.

“O que acontece a partir do momento em que há sanções como essas é que um procedimento começa a ser incorporado pelo sistema de compliance de cada banco. As instituições financeiras são, muitas vezes, mais rigorosas do que os próprios governos, com receio de punições que somam não só represálias regulamentares, mas também às de caráter reputacional”, informou Carlos.

Confira a matéria do Valor: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/02/15/pagamento-por-potassio-de-belarus-trava-nos-bancos.ghtml

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