De acordo com um novo relatório da ONU, em 2023, aproximadamente 2,33 bilhões de pessoas no mundo enfrentaram insegurança alimentar moderada ou grave, enquanto 733 milhões passaram fome. A situação da insegurança alimentar e fome no Brasil é alarmante, com 61,3 milhões de brasileiros sofrendo de insegurança alimentar. A Agência Brasil entrevistou Carlos Portugal Gouvêa, sócio do PG Law, para discutir o impacto desses dados e possíveis soluções.
Carlos Portugal Gouvêa destaca que o combate à fome deve ser feito por meio de políticas públicas eficientes, mas também por assistência social ativa. Ele enfatiza a importância de ir até as áreas mais afetadas pela pobreza e utilizar o aparato estatal para dar respostas específicas às necessidades dessas famílias. “Você precisa ter pessoas que vão aonde a pobreza está (…) que descobrem o problema daquelas famílias especificamente e aí usam o aparato estatal para dar uma resposta”, afirma Carlos.
Além disso, ele chama atenção para a necessidade de garantir que as políticas públicas alcancem realmente os mais necessitados, alertando que programas mal direcionados podem, na verdade, perpetuar a desigualdade. “Se o Brasil é um país desigual e você faz uma política pública que, no fim, está atendendo uma classe média, você, eventualmente, está perpetuando essa desigualdade”, acrescenta.
A reportagem completa sobre insegurança alimentar e fome no Brasil pode ser lida na Agência Brasil.