
O crescimento das recuperações judiciais no setor aéreo tem chamado atenção de especialistas e autoridades. Nosso sócio Thomaz Luiz Sant’Ana comentou o tema em reportagem publicada pela Broadcast Agência Estado, que aborda os motivos por trás do recente pedido de recuperação judicial da Azul nos Estados Unidos.
Segundo a reportagem, fatores como o descasamento cambial — com receitas em reais e despesas em dólares — têm colocado as companhias aéreas brasileiras sob forte pressão financeira. Além disso, custos elevados com leasing de aeronaves e combustível tornam o cenário ainda mais desafiador.
Thomaz destaca que um dos ativos mais valiosos das companhias, os slots (autorizações para pousos e decolagens), são concessões públicas, o que reduz sua previsibilidade como garantia financeira. “A pressão de custos é agravada pela flexibilidade desses ativos”, observa.
O advogado também chama atenção para a escolha da jurisdição americana para o processo de recuperação judicial, como fez a Azul. “Se uma empresa pede recuperação judicial no Brasil, os bancos fecham a torneira. Lá fora, há muito mais acesso ao mercado secundário de financiamento”, explica Thomaz, comparando os ambientes regulatórios do Brasil e dos Estados Unidos.
Esse movimento reforça a necessidade de revisão da estrutura de financiamento do setor e da regulação de seus ativos estratégicos. O cenário atual escancara vulnerabilidades que comprometem a sustentabilidade das companhias aéreas, especialmente diante de crises externas como variações cambiais e aumento nos custos globais de operação.
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