
A decisão da SEC (Securities and Exchange Commission) de autorizar a JBS a listar suas ações na bolsa de valores de Nova York reacendeu o debate sobre os desafios regulatórios e de governança corporativa para empresas brasileiras que ingressam no mercado norte-americano. Em reportagem publicada no site Capital Aberto, o sócio do PG Law, Carlos Portugal Gouvêa, foi um dos especialistas convidados a comentar o assunto.
Segundo a matéria, além dos aspectos operacionais, um dos maiores obstáculos será a adaptação da cultura da holding às exigências de governança do mercado americano. “O mercado também precifica governança”, destaca Carlos, ao reforçar que o comportamento da empresa diante de questões como transparência, conflitos de interesse e proteção a acionistas minoritários pode impactar diretamente seu valor de mercado.
Carlos também chama atenção para um ponto crítico: recentes reformas nas leis corporativas do estado de Delaware, onde estão registradas a maioria das companhias abertas nos EUA, reduziram proteções aos acionistas minoritários. Para ele, esse movimento tem levado outros centros financeiros, como Inglaterra e Hong Kong, a se posicionarem como alternativas mais sólidas em termos de proteção legal para investidores.
A listagem da JBS em Nova York marca um passo importante para a internacionalização da empresa, mas também impõe novos padrões de conformidade e gestão. A análise de Carlos evidencia como a governança corporativa se torna um fator decisivo não apenas para atender à regulação, mas para construir confiança com investidores globais.
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